NOTÍCIAS
17 DE MARçO DE 2023
Para especialista, criação de Rede de Pesquisa Judiciária é marco para estudos em direito no país
A importância de ampliar o levantamento e a gestão de dados do Judiciário foi o foco da primeira edição do seminário “Como fazer Pesquisas Empíricas Aplicadas a Políticas Judiciárias – Pesquisa Empírica: O que é?”, realizado na última quinta-feira (9/3) pelo Departamento de Pesquisa Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça (DPJ/CNJ). A ideia era apesentar o tema a servidores e servidoras e magistrados e magistradas para alinhar o trabalho da Rede de Pesquisa Judiciária. Ao destacar a edição da Resolução CNJ n. 462/2022, que criou a Rede e os Grupos de Pesquisas Judiciárias, o secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ, Ricardo Fioreze, lembrou que o desenvolvimento de pesquisas destinadas ao conhecimento da função jurisdicional brasileira está entre as atribuições do DPJ. “Uma das estratégias é a realização de pesquisas empíricas aplicadas às políticas judiciárias e, com isso, permitir a aplicação de conhecimento acadêmico e científico principalmente por parte daqueles que estão diretamente envolvidos no exercício da atividade jurisdicional, juízes e servidores”, afirmou.
Por conta disso, Fioreze frisou a importância dos eventos que visam explicar os fundamentos da pesquisa empírica. Para dar início ao trabalho, a coordenadora do Centro de Pesquisa Jurídica e supervisora geral da Extensão Universitária da Universidade Positivo e da UP, professora Olívia Pessoa, foi a convidada da primeira edição do evento.
A pesquisadora destacou que o desenvolvimento da pesquisa empírica no direito ainda é recente e pouco consolidado na formação acadêmica brasileira e frisou a relevância de o CNJ instituir uma política de capacitação dos próprios servidores para que eles possam também coletar dados, se apropriarem das ferramentas de pesquisa para que a gente possa ter um quadro completo do que é o Poder Judiciário no Brasil a partir de quem atua na ponta. “A pesquisa empírica no direito precisa estar na academia, mas ela precisa também ser feita por quem movimenta essa máquina”, afirmou.
Olívia abordou a compreensão do conceito de pesquisa empírica, a reflexão sobre aplicação no campo do direito, as possibilidades de aplicação em temas relacionados ao Poder Judiciário, além de métodos e técnicas, bem como a apresentação de algumas experiências. A professora ressaltou que há pouco diálogo com as outras áreas do conhecimento, como as ciências sociais, que possuem pesquisas consolidadas sobre o direito, “pois compreendem essa ciência dentro de um contexto social, cultural e histórico que o constrói”.
A professora falou também sobre a necessidade de o direito ser protagonista na produção de pesquisas empíricas. “Existe um movimento, especialmente aqui no Brasil, em que o direito vem se preocupando e olhando para a pesquisa. A criação, pelo CNJ, de uma rede de pesquisa é um marco para esse movimento.”
Mais de 700 pessoas acompanharam a transmissão por meio do canal do CNJ no YouTube e, ao fim da apresentação, os participantes puderam sanar dúvidas com a especialista.
Reveja o evento no canal do CNJ no YouTube
Texto: Margareth Lourenço
Edição: Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias
The post Para especialista, criação de Rede de Pesquisa Judiciária é marco para estudos em direito no país appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
09 DE FEVEREIRO DE 2023
Estudo compara transformação digital do Poder Judiciário do Brasil e da União Europeia
O avanço tecnológico e a utilização de novas ferramentas na administração da Justiça do século XXI são os...
Portal CNJ
09 DE FEVEREIRO DE 2023
Entidades discutem propostas para enfrentamento da litigância predatória associativa
A Comissão Permanente de Solução Adequada de Conflitos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) receberá, em...
Portal CNJ
09 DE FEVEREIRO DE 2023
Brigada de Incêndio da Justiça militar mineira inicia trabalho preventivo
O mês de janeiro foi marcado, no Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais, pela realização do Curso...
Portal CNJ
09 DE FEVEREIRO DE 2023
Justiça Federal da 3ª Região debate sobre assédio moral e sexual e discriminação
A Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região (Emag) realizou, no dia 7/2, a palestra “Assédio...
Portal CNJ
09 DE FEVEREIRO DE 2023
Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Roraima realiza mutirão de audiências
A 2° Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) realizou audiências concentradas com...