NOTÍCIAS
04 DE ABRIL DE 2023
Diferenças entre pesquisas em direito e judiciária é tema de palestra promovida pelo CNJ
Quais as diferenças e as peculiaridades entre pesquisa judiciária e outros tipos de estudos no campo do Direito? Essa foi a abordagem do segundo encontro de 2023 do Seminário Pesquisas Empíricas Aplicadas a Políticas Judiciárias, promovido pelo Departamento de Pesquisa Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça (DPJ), na quinta-feira (23/3).
O palestrante Alexandre dos Santos Cunha é pesquisador no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), professor do Mestrado em Direito da Universidade Positivo (UP) e foi secretário de pesquisa judiciária e de ciência de dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
O pesquisador explicou que o conhecimento jurídico pode ser sobre fontes, modelos do direito ou sobre o domínio dos modos de interpretação da realidade e ainda é o resultado da experiência da construção de soluções para casos concretos. No segundo tópico da apresentação, o palestrante expôs o que é pesquisa empírica no direito. Para isso, abordou os pressupostos epistemológicos e metodológicos; os métodos e as técnicas; a relevância; o alcance e os limites desse tipo de levantamento.
Alexandre disse que, diferentemente de outros campos das ciências sociais, a pesquisa empírica em direito não tem metodologia própria, capaz de sustentá-la como um ramo autônomo do conhecimento. O que caracteriza esses estudos é a utilização de múltiplas abordagens empíricas para compreender o direito e os fenômenos jurídicos em toda a sua complexidade. O palestrante defendeu que esse conhecimento “serve para determinar como o direito é de fato e não como acho que deveria ser”. Isso permite identificar claramente os problemas de funcionamento do sistema jurídico e atuar para resolver as questões, detalhou o palestrante.
Ele acrescentou ainda que entre os principais obstáculos para fazer pesquisa empírica no Brasil, está “o imenso preconceito que nós juristas temos com as ciências exatas, principalmente com a matemática e com a estatística, o que reflete na disponibilidade de recursos humanos habilitados para fazer pesquisa empírica em direito”. O professor ainda destacou que a tarefa do pesquisador é compreender o sistema e, a partir disso, criticar e fazer recomendações. “Aí estará produzindo política judiciária”, ressaltou.
Por fim, disse que a pesquisa judiciária utiliza informações da pesquisa em direito por serem “essencialmente analíticas e descritivas da realidade do sistema de justiça, sem a pretensão normativa de que normalmente se revestem os trabalhos de investigação na área do direito”.
A palestra integra iniciativa proposta pelo DPJ cuja intenção é divulgar o trabalho da Rede de Pesquisa Judiciária, de acordo com Resolução CNJ n. 462/2022, que criou tanto a Rede como os Grupos de Pesquisas Judiciárias.
Agência CNJ de Notícias
The post Diferenças entre pesquisas em direito e judiciária é tema de palestra promovida pelo CNJ appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
18 DE ABRIL DE 2023
Justiça do Trabalho e Poder Executivo avaliam ações para erradicação do trabalho escravo
Com a proposta de mobilizar a sociedade civil e o Estado para o enfrentamento ao trabalho análogo à escravidão e...
Portal CNJ
18 DE ABRIL DE 2023
Justiça do Trabalho de Boa Vista disponibiliza tradutor em libras durante audiência
Acordo firmado na 3ª Vara do Trabalho de Boa Vista, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR)...
Portal CNJ
18 DE ABRIL DE 2023
Ministra Rosa Weber participa de reunião sobre segurança nas escolas
A adoção de medidas integradas para ampliar a segurança nas escolas foi tema de reunião com presidentes dos...
Portal CNJ
17 DE ABRIL DE 2023
Nota da Corregedoria Nacional de Justiça
Com relação à matéria do jornal O Estado de S.Paulo, intitulada “Judiciário autoriza pagamento de...
Portal CNJ
17 DE ABRIL DE 2023
Seminário aborda mediação para resolver conflitos fundiários
As pessoas interessadas em acompanhar o seminário “Soluções Fundiárias: perspectiva de atuação do Poder...